bom, havia prometido um post interessante para o fim de semana, porém com uma leve demora eu aqui vos apresento. é de conhecimento de todos que exista no mundo verdades convencionais. estas verdades são aquelas que todos conhecem e acreditam, mas poucos indagam sua veracidade, muitas delas decorrentes de conflitos; tais como darwin vs igreja - ou mesmo por terem sido atribuídas à pessoas que, de veras entendem - e muito - do assunto.

um fato me vem à mente sobre isto - o discurso da vitória do governador LHS reeleito, no ano passado em uma movimentada avenida de joinville - fui lá não por partidarismo, mas na promessa de chopp grátis (podemos chamar isto de restituição tributária). durante seu discurso, LHS fez uma parábola entre a odisséia de homero e seu eleitorado, comparando-se ao rei de ítaca dizendo que seu povo lhe é fiel, assim como foi o cachorro de ulisses reconhecendo-o depois de anos e anos fora de casa. o povo - agitando bandeirinhas e quase ao delírio - aplaudiu-o muito, chegando muitos aos prantos. primeiramente o que se passou em minha cabeça foi: "cadê o chopp?", sendo que depois tive vontade de latir, afinal ... ninguém retrucou o que seu líder estadual eleito havia acabado de desgraçar? homero se revirou no túmulo! todos sabem - ao menos quem leu - que o primeiro a reconhecer ulisses em seu retorno foi sua serva - que ao vê-lo limpar os pés - reconheceu uma velha cicatriz.

às vezes o tamanho da besteira pode ser comparada proporcionalmente ao tamanho da desgraça que a verdade poderia causar. são poucos aqueles que têm a liberdade de meter a boca no trombone - jogando merda ao ventilador. neste quesito, reconheci-me muito com o autor do livro Freakonomics, o americano Steven Levitt. Levitt, um jovem economista (não muito convencional), ao fazer alguns estudos sobre a criminalidade nos estados unidos, descobriu algo que foi contra todos os estudos de criminologistas famosos - de que a diminuição da criminalidade nos estados unidos nos anos 90, em grande parte se deve à legalização do aborto nos anos 70. dito isso, Levitt se viu numa avalanche das mais diversas críticas - imaginem por exemplo a igreja se virando contra você. Levitt desgraçou-se? não! mostrando e comprovando por A+B, através de links altamente obscuros e até mesmo improváveis, Levitt não só saiu-se por cima da situação, como lançou seu livro - best-seller durante semanas do The New York Times e agora parte de minha coleção pessoal de livros.

quem tiver a oportunidade, leia Freakonomics, são apenas 210 páginas que poderão lhes trazer mundos de novos caminhos. não fiquem presos às verdades convencionais, discutam, indaguem tudo que há em sua frente!

eu gostaria de fazer várias outras parábolas neste post, tais como brasil <> estados unidos, literatura romântica <> jornalística, este tipo de coisa; porém os deixo para outras oportunidades - não transformando este post cansativo.

um forte abraço para todos, tudo de bom e fiquem com Deus!
Richard.